O Plano de Intervenção do Românico Atlântico, subscrito o passado mês de setembro pela Junta de Castilla y León, a Fundação Iberdrola e a Secretaria de Cultura de Portugal, culminou a recuperação do primeiro dos edifícios que serão beneficiados por este programa: a Igreja de Santa María Magdalena, no município de Cozcurrita em Zamora. Para comprovar o desenvolvimento dos trabalhos, a igreja foi visitada pela ministra de Cultura e Turismo, María José Salgueiro e pelo diretor geral da Fundação Iberdrola, Luis Carlos Martínez, acompanhados, entre outros, pelo diretor geral da Fundação Santa María la Real, Juan Carlos Prieto, tal como por representantes do Bispado de Zamora e da câmara municipal de Cozcurrita.
A igreja de Santa María Magdalena possuía uma instalação elétrica em mau estado, que não estava de acordo com os valores histórico-artísticos do edifício. Além disso, a instalação não garantia segurança mínima. A intervenção esteve centrada em prover uma iluminação de acordo com a monumentalidade do edifício religioso, diminuindo a incidência visual e incorporando um nível de segurança adequado. Para tal efeito, pensou-se numa iluminação contínua, mas onde pontos singulares, como os retábulos laterais ou a pia batismal, fossem, ao mesmo tempo, subtilmente iluminados.
Um dos objetivos do Plano Românico Atlântico é alcançar o nível máximo de proteção e manutenção dos bens patrimoniais, utilizando para tal, as últimas tecnologias e as soluções mais inovadoras. Neste sentido, a Igreja de Santa María Magdalena foi integrada no sistema Monitoring Heritage System (MHS). Este sistema controla, em tempo real, distintos parâmetros que poderão afetar a conservação dos templos, como por exemplo, a humidade ou a temperatura. Para evitá-lo e melhorar, desta forma, a proteção da igreja, o sistema conta com uma série de sensores instalados no edifício, que emitem dados sobre esses parâmetros – de maneira regular e através de Wi-Fi – ao centro de controlo, onde são processados e interpretados para conseguir atuar, antes de se produzir uma situação potencialmente perigosa. Isto é o que denominamos “conservação preventiva”.