Nesta ocasião, foram os integrantes do Grupo de Música Antigua de la Universidad de Valladolid, dirigido pelo Doutor em História e Ciências da Música de professor de educação musical, Ignacio Nieto Miguel, os encarregues de deliciar as pessoas que encheram a igreja no passado domingo com o seu recital.
O concerto é uma demonstração de que a intervenção do Plano Românico Atlântico na igreja de San Martín não terminou com o acondicionamento e transformação da sacristia numa capela adaptada às necessidades e uso dos fiéis; o trabalho da equipa e dos responsáveis do Plano continua e está focada em conseguir, com atividades como esta, que a igreja seja um foco e referência de dinamização cultural.
Não é por acaso, o Românico Atlântico é um projeto de colaboração transfronteiriça para a conservação do património cultural em que participam a Junta de Castilla y León, a Fundación Iberdrola España, a Secretaria de Estado da Cultura de Portugal y a Fundación Santa María la Real del Patrimonio Histórico, além das Dioceses de Zamora, Astorga, Salamanca e Ciudad Rodrigo.
Uma viagem musical ao século XVI
Assim, no passado domingo, durante mais de uma hora, o Grupo de Música Antigua de la Universidad de Valladolid encheu a igreja de Zamora com “Camino del Cielo”, um conjunto de nove peças musicais, de autores como Tomás Luis de Victoria, Cristóbal de Morales, Juan Navarro, Francisco Guerrero ou Sebastián de Vivanco. Obras inéditas, na sua maioria de caráter religioso, que transportaram a audiência até ao século XVI, a época de Santa Teresa de Jesús, através das vozes das sopranos Beatriz Valbuena e Verónica Rioja; das contraltos Leire Sánchez, Norma Rodríguez e Beatriz Pérez; dos tenores Juan Pedro Lozano, Javier Sanz, Gregorio Casado e dos baixos Javier Frontela, Jorge Bombín e Ignacio Nieto.
