Mais de 200 pessoas encheram a Iglesia de Santa María no mosteiro de San Martín de Castañneda e acolheram a atuação do Grupo de Música de Cámara Scherzo.
O objetivo destas atividades é potenciar o conhecimento, a dinamização e a difusão do património das zonas nas quais o Plano intervém. Assim sendo, durante os últimos dois anos, a igreja de Zamora acolheu vários recitais da responsabilidade de Dulsica, do Grupo de Música Antigua de la Universidad de Valladolid ou do conjunto Quartet NEUMA.
Com isto, conseguiu gerar-se uma certa expectativa entre os vizinhos do município de Galende, que colaboram na difusão da atividade entre os turistas e visitantes. Desta forma, o recital é incluído na programação de festas e constitui para eles um evento muito aguardado.
Nesta ocasião, a atuação, chamada Scintilla, aconteceu pela responsabilidade do grupo de Música de Cámara Scherzo. O título, segundo explicam os participantes do grupo, faz referência à máxima latina “Parva saepe scintilla magnum incendium insperato excitat”, que significa “Por vezes, uma pequena faísca causa um grande incêndio”. Era esse o objetivo do grupo, conseguir com o seu repertório “um conjunto de pequenas faíscas musicais através do tempo dêem origem a um “incêndio” de emoções”.
O som dos aplausos e os pedidos de “bis” no final da atuação, não só melhoraram, como também deram qualidade e calor a um dia chuvoso. Devemos mencionar que o grupo Scherzo surgiu em 2007 no seio do Conservatorio Profesional de Música de Valladolid, da Joven Orquesta Sinfónica de Castilla y León e da Escuela de Excelencia Musical, sobre a tutela de professores de primeira. O grupo é composto por Iria Iglesias Kristen (flauta); Adriana Alonso García (oboé); Miguel Repiso López (clarinete); Jorge López Tejada (fagot) e María Martín González (soprano). Todos eles têm estudos superiores nos mais prestigiosos centros de Castilla y León, País Vasco, Astúrias, Madrid e Portugal.
Românico Atlântico
A sua atuação en San Martín foi possível graças ao trabalho do Plano Românico Atlântico, um projeto de cooperação transfronteiriça para a conservação do Património Cultural, que inclui projetos de restauro e valorização de cerca de 20 igrejas românicas localizadas nas províncias espanholas de Zamora e Salamanca e nas regiões portuguesas do Porto, Vila Real e Bragança.
O Plano é um exemplo de cooperação institucional e de participação público-privada, uma vez que é promovido pela Junta de Castilla y León, Fundación Iberdrola e pelo Ministério da Cultura de Portugal. As ações em Espanha foram confiadas à Fundación Santa María la Real del Patrimonio Histórico e são desenvolvidas em colaboração com as dioceses de cada território.