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Visita a San Pedro de la Nave

Visita a San Pedro de la Nave

05/03/2014

No caso da Igreja de San Pedro de la Nave, a equipa do Plano de Intervenção Românico Atlântico decidiu, desde o início fazer uma atuação integral que servisse para dotar a igreja de um novo modelo de gestão, focado em melhorar a organização das visitas e garantir a adequada conservação de um edifício declarado Monumento Nacional.

A redação do projeto de atuação foi possível graças à Mesa de Trabalho criada especificamente para este projeto, na qual participaram os promotores do Plano, assim como diferentes peritos e especialistas. Entre todos, foram concretizando e dando forma aos diferentes aspetos do projeto. Também se destaca a envolvência do ayuntamiento de Almendra e do Bispado de Zamora em todo os trabalho desenvolvidos até ao momento.

Um centro de recepção que imita o seu entorno:

Na visita de hoje, a Conselheira de Cultura y Turismo de la Junta de Castilla y León, Alicia García e o Presidente da Fundación Iberdrola, Manuel Marín puderam comprovar, pela mão do arquiteto da Fundación Santa María la Real, Jesús Castillo, e de outros técnicos da entidade de Aguilar de Campoo, os avanços da criação do centro de recepção de visitantes de San Pedro de la Nave. Sem dúvida, uma das características mais relevantes do edifício é que ficará completamente integrado e camuflado com o seu entorno. De tal forma que, à simples vista, será difícil encontrá-lo, uma vez que o centro é enterrado para que não prejudique a visão do edifício no seu conjunto.

Uma vez concluído o acondicionamento do entorno e deste espaço, funcionará como um centro de recepção de visitantes, gerindo o acesso à igreja e criando uma área expositiva na qual se podem expor as peças e elementos históricos, que atualmente se guardam na igreja. A atuação no entorno ficará completa, em colaboração com o Ayuntamiento de Almendra, procurando eliminar elementos discordantes e reorganizando a área de estacionamento através da colocação de peças vegetais.

Iluminação e melhoria da eficiência energética:

A intervenção foca-se também em garantir uma adequada conservação do edifício, uma vez que, apesar de estruturalmente estar em boas condições de utilização, tem alguns focos de humidade localizados, derivados do estado em que se encontra a cobertura. Para evitar e corrigir estas patologias, a cobertura será substituída por uma nova e vão renovar-se as carpintarias que assim o exigem, especialmente as exteriores, que serão substituídas por outras mais de acordo com o edifício, que garantam uma adequada ventilação.

O edifício também foi incluído no MHS (Sistema de Monitorização do Património), desenvolvido pela Fundación Santa María la Real, que neste caso em específico, já serviu para escrever as propostas de intervenção e irá também facilitar a conservação da igreja, através da instalação, entre outros, de sensores para registar as condições de temperatura e humidade relativa.

Por fim, um dos aspetos mais requeridos pela paróquia foi, sem dúvida, a instalação na igreja de uma luz elétrica, até ao momento inexistente. A iluminaçao de San Pedro de la Nave vai realizar-se como em outras atuações do Românico Atlântico, procurando ter um impacto visual mínimo, enterrando os cabos e garantindo a eficiência energética do imóvel.

Uma atuação marcada pela história do edifício:

Por último, cabe assinalar que a atuação na igreja de San Pedro de la Nave está marcada pela própria história do edifício e pela sua importância. Nao se pode esquecer que a igreja foi construída entre os séculos VII e VIII nas margens do rio Esla. A sua localização atual, na localidade de El Campillo, em Zamora, deve-se ao facto de que em 1930, uma entidade que deu origem à Iberdrola a trasladou para protegê-la e evitar que ficasse inundado devido à construção da barragem de Ricobayo.

Saltos del Duero pôs desde o princípio muito empenho para que a trasladação, pedra a pedra, fosse levada a cabo com todas as garantias possíveis de conservação e segurança, até ao ponto em que se investiu na mesma uma quantia considerável para a época, cem mil pesetas, e o Conselho de Administração foi constantemente informado da operação. Uma jóia da arte espanhola, cuja iconografia, a grande qualidade dos seus relevos, a configuração arquitetónica do edifício, restaurado durante a sua trasladação, e enquadramento cronológico ainda hoje são analisados e discutidos entre especialistas. O Arquivo Histórico da Iberdrola, em conjunto com a barragem do Ricobayo, guardam e salvaguardam o abundante património documental acumulado, durantes mais de cem anos, às sociedades que deram origem à Iberdrola.

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