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Igreja de San Andres

Algosinho - Bragança

Esta igreja, que se sabe ter formado parte do mosteiro de Castro de Avelãs, é composta por nave única e cabeceira quadrangular. A nave exibe cobertura de madeira visível, e está dividida em três tramos por três pares de arcos torais, assentes, de um lado e do outro, em pilastras decoradas com motivos vegetalistas e garras.

Na parte exterior ostenta contrafortes inclinados, que correspondem aos arcos interiores. A cornija está sustentada por uma cachorrada tanto lisa como figurada, com motivos antropomórficos, zoomorfos e geométricos. A fachada principal está coroada por um pequeno campanário e conserva quatro mísulas que pertenciam a um antigo alpendre. Naquela abre-se um vão em arco de volta perfeita mostrando uma gelosia com forma de estrela. O portal de arco quebrado e duas arquivoltas com molduras encontra-se assente em impostas salientes. Na fachada sul podemos observar outro portal similar, mas sem molduras.

O chão da nave encontra-se a um nível inferior relativamente ao exterior, e portanto, o acesso realiza-se através de uma escada. Uma vez dentro, podemos encontrar, ao lado do Evangelho, uma pia batismal de taça hemisférica e o púlpito que se encontra erguido sobre uma mísula com decoração geométrica. Por outro lado, nas paredes laterais do arco triunfal existem pinturas murais de Santa Catarina e São Bartolomeu emolduradas com motivos vegetalistas. É de especial destaque o retábulo maneirista, composto por seis painéis divididos por colunas coríntias e frisos de querubins. 

Algosinho

Localização

Intervenções

O programa de intervenções na Igreja de Algosinho  foi estabelecido tendo por base uma definição das prioridades, para a qual foi elaborado um diagnóstico preciso do imóvei, de forma a preparar o caderno de encargos e lançamento do concurso.
Nesta primeira fase, foi realizado um trabalho inter-disciplinar com arquitectos, arqueólogos, engenheiros e conservadores restauradores, contribuindo, desde logo, para uma correcta proposta de intervenção e faseamento dos trabalhos.
O diagnóstico inicial evidenciou que as necessidades imediatas se deveriam focar na reabilitação das coberturas, de forma a evitar todas as patologias associadas às infiltrações e danos provocados pela água. Para tal, foi feita a reformulação do sistema de cobertura, com substituição dos elementos cerâmicos e para a melhoria da eficácia e conforto interiores, optou-se por aplicar isolamento térmico e membrana impermeável, mas permeável ao vapor. Este trabalho foi acompanhado pelo restauro e reforço da estrutura de madeira original e do tratamento dos tectos de madeira com imunização e acabamento com produtos compatíveis.
No caso da Igreja de Algosinho, o estado de conservação dos rebocos exteriores da capela-mor e sacristia apresentavam uma degradação e microfissuração acentuada, pelo que foi proposta a sua substituição por argamassas adequadas.
Nas zonas de alvenaria de granito, foi efectuada a sua limpeza, com remoção de vegetação e tratamento de juntas.

Também realizada a reparação dos vãos, com o tratamento e pintura de portas, prevendo-se sempre o uso de materiais compatíveis, recuperando o existente e valorizando assim o património que também é o somatório das peças que o compõem.
Na Igreja de Algosinho, onde se registavam alguns vãos com elementos dissonantes, foi repensada a solução e desenhados novos elementos de caixilharia, tendo-se adoptado uma linguagem simples, mas de forma a cumprir a sua função.

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