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Iglesia de Santa Marina

Sejas de Sanabria - Zamora

Esta igreja, de origem tardo-românica e muito similar à vizinha de Mombuey, pertence aos finais do séc. XII ou princípios do séc. XIII, embora conserve remanentes góticos. Foi neste período que sofreu importantes remodelações, transformando-se a cabeceira, acrescentando-se os contrafortes em declive e o arco triunfal do interior que, por ser pontiagudo, permite observar as características da época. O templo está construído com silhares ornados nas esquinas e nos elementos de reforço, enquanto no resto do edifício se utilizou alvenaria.
No exterior encontramos alçado um belo campanário, onde se encontra a torre sineira. Por outro lado, o portal é composto por arco e arquivolta quebrados. Destacam-se as suas duas cruzes ornadas: uma é a cruz de Malta e outra a de seis braços.

No interior encontramos uma cabeceira com características do gótico, com cobertura oitavada e iluminada por uma janela rasgada a sul. Nos séculos XVII e XVIII reformou-se o lateral norte, ampliando-se a nave por meio de arcos de volta perfeita. Destacam-se os capitéis do arco triunfal que separa a abside do resto do templo, decorados com imagens dos Apóstolos, entre outros motivos. Aos pés da igreja podemos observar, sobre duas mísulas, um Agnus Dei, o cordeiro de Deus, ao qual lhe falta a cruz. Uma pequena imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus, presumivelmente da primeira metade do séc. XIII, acha-se conservada sob a denominação de Virgen de la O.

Sejas de Sanabria
Sejas de Sanabria
Sejas de Sanabria
Sejas de Sanabria

Localização

Retábulo Mor

A atuação centrou-se no Retábulo Mor, uma peça do século XVII de madeira talhada, dourada e policromada de estilo Prechurrigueresco.

Depois de serem efetuados os estudos e as recolhas pertinentes, a intervenção foi levada a cabo in situ e consistiu em duas vertentes: os tratamentos de conservação e os de restauração. No que diz respeito aos primeiros, o objetivo fundamental foi devolver a estabilidade estrutural a cada elemento do Retábulo. Para consegui-lo, foi aplicado um tratamento anti- xilófago, consolidou-se o suporte de madeira, reconstruíram-se os suportes das peças que assim o requeriam, colocaram-se os fragmentos desencaixados, aplicou-se um tratamento anti-corrosivo e, finalmente, repuseram-se novamente os estratos policromos.
No que diz respeito aos tratamentos de restauração, estes em geral consistiram em: eliminação de vernizes oxidados, limpeza do pó superficial, nivelação e reintegração cromática, consolidação, reintegração do suporte e da pelicula pictórica, bem como proteção.


Devido a todo este trabalho, o Retábulo, de corte clássico, recuperou a sua excelência original. Cabe lembrar que se trata de uma peça organizada em três corpos horizontais e três bandas verticais. Está constituído por várias imagens de talha policromada e vulto redondo. Mais concretamente, o nicho central encerra a imagem da padroeira Santa Marina, do seu lado direito S. João Batista e do seu lado esquerdo Santo António, e no andar inferior aparecem duas representações paterno-filiais: S. Joaquim com a Virgem Maria Menina e S. José com o Menino Jesus.

Retábulo Mor
Retábulo Mor
Retábulo Mor
Retábulo Mor

Iluminação

Uma das atuações mais destacadas tenha sido a melhoria da iluminação do edifício religioso, tanto em alguns elementos da parte exterior, como no espaço interior do edifício, tendo como objetivo conseguir uma iluminação adequada, tanto para o culto, como para receber visitantes. Para isso, enfatizou-se especialmente o presbitério e o altar, bem como se realçou o artesoado de formas geométricas. Por outro lado, foi instalada, na área de acesso, iluminação automatizada, de modo a facilitar o trânsito dos fiéis e dos visitantes. Também a instalação elétrica foi melhorada ao serem eliminados os condutores elétricos da fachada e ao serem ocultados distintos elementos que não se consideravam adequados.

Iluminação
Iluminação
Iluminação
Iluminação

Monitorização

Os trabalhos serviram, entre outras coisas, para monitorizar o edifício religioso e incluí-lo no MHS (Sistema de Monitorização do Património). O projeto, que foi desenvolvido pela Fundación Santa María la Real e que foi inserido em diferentes igrejas do Românico Atlântico, consiste em aplicar pequenos sensores com o objetivo de garantir a conservação, tanto do edifício religioso como dos seus bens móveis, especialmente do retábulo e do artesoado. 

Monitorização
Monitorização
Monitorização
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