São Julião de Montenegro, no concelho de Chaves, distrito de Vila Real, possui uma das igrejas mais bem conservadas do país.
No séc. XX, com o estabelecimento das demarcações territoriais criou-se o julgado de Montenegro que, em conjunto com os municípios de Lampaça e Bragança, constituiu umas das circunscrições administrativas e militares em que se encontrava dividido o noroeste da província transmontana. Com a reforma centralizadora levada a cabo pelo rei D. Dinis, a região de Montenegro ficou unida à de Chaves, que passou a figurar como cabeça de jurisdição. No entanto, Montenegro iniciou uma série de litígios contra a decisão real, que culminaram em 1307 com a integração definitiva do julgado de Montenegro no da cidade vizinha de Chaves.
Durante obras levadas a cabo na igreja, foram descobertos três miliários provenientes da via augusta, facto que, em conjunto com um variado registo de vestígios cronologicamente datados como sendo deste período e localizados nas proximidades, dá conta de uma possível ocupação romana. Outros elementos de interesse são o tanque e o cruzeiro da localidade.